quarta-feira, 2 de junho de 2010

Assistência Farmacêutica

A Organização Mundial da Saúde (OMS), criada em 1948, com o objetivo de apoiar os
países membros no desenvolvimento de programas que melhorassem a saúde de suas
comunidades, durante a 30a Assembléia Mundial, em 1977, aprovou a meta ‘saúde para
todos no ano 2000’ e, em suas resoluções WHA 20.53, WHA 23.61, WHA 25.17, WHA
26.35, WHA 27.44, WHA 28.88 e WHA 29.19, recomendou a realização de uma Conferência
Mundial para o intercâmbio de experiências em matéria de desenvolvimento de cuidados
primários de saúde (OMS/Unicef, 1978).
Essa decisão foi concretizada com a realização da Conferência Mundial sobre Atenção
Primária em Saúde, realizada em Alma-Ata, URSS, em 1978, com a participação do United
Nations Children’s Fund (Unicef), onde se ratificou a meta de ‘Saúde para todos’ e a atenção
primária como uma estratégia fundamental para alcançar essa meta, fato que tem uma
repercussão muito importante no desenvolvimento da Assistência Farmacêutica no mundo.
Com relação à Assistência Farmacêutica, os aspectos mais importantes da reunião
de Alma-Ata foram:
• Considerar o abastecimento dos medicamentos essenciais como um dos oito elementos
básicos da atenção primária em saúde.
• A recomendação para que os governos formulem políticas e normas nacionais de
importação, produção local, venda e distribuição de medicamentos e produtos
biológicos de modo a assegurar, pelo menor custo possível, a disponibilidade de
medicamentos essenciais nos diferentes níveis dos cuidados primários de saúde;
que adotem medidas específicas para prevenir a excessiva utilização de
medicamentos; que incorporem medicamentos tradicionais de eficácia comprovada
e que estabeleçam sistemas eficientes de administração e fornecimento.
Com o objetivo de apoiar os países no cumprimento dessas recomendações, foi criado,
em 1981, o Programa de Ação de medicamentos da OMS. A missão deste programa é a de
diminuir a morbi-mortalidade das doenças mais comuns, e para isso propõe colaborar
com países em desenvolvimento, contribuir na implementação tanto de políticas nacionais
de medicamentos quanto de programas que garantam eqüidade e acesso aos medicamentos
essenciais, bem como assegurem sua qualidade e seu uso racional (WHO, 1997a).
Em 1977, antes da criação do Programa Ação de Medicamentos Essenciais e
considerando a resolução da Assembléia Mundial da Saúde WHA 28.66, de 1975, na qual
foi requisitado ao Diretor Geral da OMS assessorar os países na seleção e aquisição, a preços acessíveis, de medicamentos de qualidade comprovada, a OMS publicou a primeira
lista de Medicamentos Essenciais. O pequeno livro azul, que resultou desta reunião, contendo
a lista modelo e descrevendo o uso dos medicamentos essenciais, foi um dos documentos
mais influentes da OMS, no último quarto de século. Durante esses 25 anos, a lista modelo
foi revisada em 11 oportunidades e aproximadamente 156 países adotaram listas de
medicamentos essenciais (WHO, 2001a).
O programa de Ação de Medicamentos Essenciais desenvolveu proposta sobre ‘how
to develop and implement a national drug policy’, publicada em 1988 e cuja segunda
edição foi publicada em 2001.
Os principais componentes da política são: seleção de medicamentos essenciais,
affordability, financiamento, sistema de abastecimento, regulação e garantia de qualidade,
uso racional, pesquisa, desenvolvimento de recursos humanos e monitoramento e avaliação.
Vinte anos depois da criação do programa, de acordo com a avaliação, foram
observados alguns progressos nos países, principalmente no desenvolvimento de instrumentos
de racionalização do uso de medicamentos, como as listas de medicamentos essenciais,
os formulários terapêuticos e os guias-padrão (protocolos) de tratamento, assim como a
melhoria da cobertura da população em relação aos medicamentos essenciais. Não obstante,
encontrou-se, também, a existência de problemas de acesso e uso racional, que foram
apresentados pela Diretora Geral da OMS e se resumem em (Brundtland, 1999):
Com relação ao acesso:
• mais de um terço da população do mundo carece de acesso regular aos medicamentos
essenciais. A situação é ainda pior nos países mais pobres da África e da Ásia,
onde mais da metade da população não tem acesso aos medicamentos essenciais;
• 50 a 90% dos medicamentos nos países em desenvolvimento são pagos pelo
próprio usuário;
• em 1997, a OMS estimou que 50 milhões de pessoas morreriam, desse total, 40
milhões nos países em desenvolvimento, e que a maioria dessas mortes seriam
devidas a: pneumonia, malária, tuberculose e outras doenças para as quais existem
medicamentos e vacinas efetivas e de baixo custo.
Com relação ao uso racional:
• até 75% dos antibióticos são prescritos inapropriadamente;
• mundialmente, somente uma média de 50% dos pacientes toma seus
medicamentos corretamente;
• a resistência antimicrobiana está crescendo na maioria das doenças infecciosas.
Agravando a situação do acesso e do uso racional, os países em desenvolvimento apresentam
ainda graves problemas quanto ao gerenciamento da Assistência Farmacêutica, tais como:
• ausência de mecanismos eficientes e eqüitativos de financiamento para aquisição
dos medicamentos;
• ausência de sistema público eficiente de suprimento de medicamentos estratégicos;
• necessidade de ações de regulação quanto à garantia da qualidade e eficácia dos
medicamentos. Dados internacionais indicam que 10 a 20% das amostras de medicamentos
falham nas provas de controle de qualidade em muitos países em desenvolvimento;
• perdas decorrentes de condições inadequadas de transporte e armazenamento.
A Opas (1994) revela que, nos últimos anos, as medidas adotadas pelos governos dos
países latino-americanos para ampliar a disponibilidade e acessibilidade aos medicamentos
têm seguido duas grandes tendências. A primeira é caracterizada pela pressão econômica
e apresenta estratégias com poucas considerações para a saúde. Um exemplo deste fato é o
processo de revisão e atualização da legislação sobre medicamentos. Esse processo apresenta,
em muitos casos, um componente de desregulamentação, que reflete sobre a liberação dos
preços dos medicamentos, a promoção da importação mediante a eliminação de barreiras
alfandegárias, o reconhecimento automático do registro de medicamentos de outros países,
as modificações estruturais nas agências reguladoras, dirigidas à simplificação e reformulação
do procedimento de registro e à expansão da comercialização de medicamentos em
estabelecimentos não farmacêuticos.
A segunda tendência é a adoção de medidas dirigidas à promoção do uso racional
de medicamentos e à melhora da qualidade da atenção farmacoterapêutica. A estratégia
nesta área tem incluído a definição de áreas prioritárias de atenção, a disponibilidade
de programas para os setores socioeconômicos menos favorecidos, o fortalecimento
dos serviços farmacêuticos, o desenvolvimento da farmácia hospitalar, a criação de
comissões de farmacoterapia em hospitais e sistemas locais de saúde, a atualização
da lista básica de medicamentos e a promoção e o desenvolvimento de estudos de

Novos testes podem confirmar eficácia de vacina contra câncer de pele

Cientistas dos Estados Unidos estão iniciando novos testes com uma vacina normalmente utilizada para combater o herpes e que mostrou ter efeitos positivos no tratamento do melanoma, o tipo mais perigoso de câncer de pele.
Os especialistas do centro médico da Rush University, em Chicago, já realizaram duas fases de testes com a vacina, chamada OncoVEX.
Na segunda fase, dos 50 pacientes submetidos ao tratamento, oito se recuperaram completamente do câncer, enquanto outros quatro tiveram uma reação positiva parcial e puderam se curar com uma cirurgia.
Pacientes com estágios avançados do câncer de pele costumam ter um prognóstico ruim de sobrevivência. Por isso, tal resultado foi considerado bom pelos cientistas.
"Atualmente existem poucas alternativas de tratamento para pacientes com melanoma avançado, nenhuma delas satisfatórias. Por isso oncologistas ficaram muito animados com os resultados obtidos", disse Howard Kaufman, diretor do programa de câncer da Rush University e chefe da equipe que realiza os testes.
Descoberta acidental
Cientistas descobriram que a OncoVEX tinha efeito sobre tecido canceroso quando a vacina foi acidentalmente aplicada em uma amostra de células de tumor.
A vacina inclui um vírus que foi modificado e convertido em um agente que atinge essas células sem afetar células saudáveis.
A droga também possui agentes biológicos que ajudariam a resposta do sistema imunológico ao melanoma.
Segundo, a Rush University, a vacina é injetada diretamente nas lesões.
"O que nos surpreendeu e incentivou foi o fato de a vacina ter funcionado não somente nas células injetadas, mas também em lesões em outras partes do corpo que não poderíamos alcançar", afirmou Kaufman.
"A vacina gerou uma resposta imunológica que circulou pela corrente sanguínea até locais remotos."
A terceira fase dos testes deve envolver 430 pacientes em todos os Estados Unidos. Cada um vai receber uma injeção nos tumores a cada duas semanas por até 24 sessões, e será acompanhado por dois anos.
O melanoma é o tipo mais raro, mas mais letal de câncer de pele, por causa da alta possibilidade de metástase.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer brasileiro, em 2008 houve uma média de aproximadamente 6 mil novos casos, entre homens e mulheres.
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terça-feira, 1 de junho de 2010

Técnicas de Concentração - Como se Concentrar

Técnicas de Concentração - Como se Concentrar



Como Melhorar a sua Concentração | Aumente sua produtividade elevando o nível de concentração na execução das tarefas.



A dificuldade de concentração é algo muito comum hoje em dia, onde as pessoas vivem sobrecarregas com um grande número de atividades e acabam não centrando-se em uma tarefa específica. Entretanto, algumas dicas podem melhorar a sua concentração e ajudar a realizar mais em menos tempo.

• Crie um espaço designado exclusivamente para trabalhar. Se este espaço é sua mesa no escritório, por exemplo, utilize-a apenas para trabalho. Quando fizer uma pausa para o lanche, coma em outro lugar;

• A associação direta entre sua mesa e o trabalho tornará a concentração mais fácil;

• Elimine as distrações. Feche a porta, desligue a campainha do telefone e, se possível, desconecte-se da internet, caso fique tentado a navegar na web;

• Reúna todo o material que irá precisar. Livros, documentos, formulários, etc. Caso você precise se deslocar para buscar materiais, vai acabar se distraindo;

• Defina uma meta de produção específica e se dê um pequeno intervalo a cada determinado período de trabalho, como de 1 ou 2 horas. Essa recompensa por um período de intensa concentração é importante para manter-se produtivo;

• Estabeleça prazos para cumprir suas tarefas. A visão específica de uma meta temporal lhe ajudará a se focar a realização da atividade de modo mais eficaz;

• Se a tarefa durar mais que um dia para ser cumprida, ao final de cada expediente faça anotações dos aspectos mais importantes para recobrar rapidamente a memória quando reiniciar o trabalho.

Uma das mais importantes das dicas acima é a realização de pausas após períodos de trabalho. É preciso respeitar os limites em que alguém pode trabalhar no máximo de sua concentração.

Apendicite




O sistema digestivo se estende da boca até o ânus, e as doenças que ocorrem em cada componente do sistema digestivo variam conforme o local acometido.

No esôfago os distúrbios mais comuns compreendem a esofagite por refluxo (pela exposição do baixo esôfago ao ácido gástrico regurgitado do estômago), e o carcinoma, sendo mais importantes o carcinoma escamoso e o adenocarcinoma. Em crianças, as malformações congénitas mais importantes compreendem a atresia esofágica e a ligação anormal com a traqueia .

O estômago é um local importante de ulceração péptica, que comumente resulta de uma ruptura nos mecanismos normais que protegem a mucosa gástrica da ação de seus próprios ácidos. A utilização crescente da endoscopia tem demonstrado que a gastrite crónica é uma condição frequente e importante com inúmeras causas diferentes, e pode ter um papel biológico no eventual desenvolvimento do adenocarcinoma de estômago.

O intestino delgado é o principal local de absorção dos alimentos básicos, e as doenças da mucosa do intestino delgado podem levar a síndromes de má-absorção; uma causa importante é a doença celíaca (enteropatia do glúten), na qual um processo imune leva à destruição da mucosa do intestino delgado. O intestino delgado, particularmente o íleo, é o local mais comumente envolvido pela doença inflamatória conhecida como doença de Crohn. Os distúrbios inflamatórios agudos do intestino delgado são comuns mas transitórios, e resultam principalmente de infecções bacterianas ou virais. O estômago e o cólon normalmente também estão envolvidos (gastroenterite infecciosa).

Provavelmente a doença inflamatória mais comum de todo o sistema digestivo seja a apendicite aguda, que requer tratamento cirúrgico, especialmente em crianças e adultos jovens, mas ocasionalmente também em adultos e idosos, quando muitas vezes o diagnóstico pode ser dificultado.

Embora também possa estar envolvido na doença de Crohn, o cólon é o principal alvo da doença inflamatória crónica intermitente denominada colite ulcerativa. Esta doença é sabidamente um fator predisponente ao desenvolvimento de adenocarcinoma colorretal, que é extremamente comum. Outros fatores predisponentes ao câncer de cólon incluem o desenvolvimento de pólipos neoplásicos benignos na mucosa colônica (pólipos adenomatosos). No carcinoma colorretal existe uma sequência bem reconhecida de alterações iniciando com o pólipo benigno até o adenocarcinoma invasivo. Outras condições importantes do cólon são as anormalidades mecânicas doença diverticular e vólvulo. Os distúrbios envolvendo a região anal são um motivo frequente de consultas médicas e, embora bastante triviais, os sintomas destas perturbações são muito estressantes (hemorróidas, prurido anal, fissuras anais); a única condição envolvendo o ânus e que representa risco de vida é o carcinoma escamoso

LABIRINTITE

Muitas pessoas (inclusive crianças), sofrem de sintomas de labirintite: como tontura (ou tonteira), vertigem, zumbido no ouvido, sensação de ouvido tampado, mas não sabem que o seus sintomas, podem ter como causa, problemas musculares, ligamentares e de alguns outros componentes da face que, por não estarem na posição de conforto, acabam comprimindo a artéria que irriga o labirinto, levando a uma redução de seu volume sanguíneo, podendo ocasionar no paciente, sintomas relacionados ao labirinto.

Sintomas:

Nos pacientes portadores de sintomas chamados de labirintites, como nas tonturas, tonteiras, vertigem ou zumbidos no ouvido, com essa origem, podem, quando estão em crise, sentirem:

Alterações visuais: enxergar tudo rodando, ter dificuldade de fixar o olho em determinado ponto, possuir movimentos involuntários dos olhos, a vista escurecer ou ter fotofobia (que a dificuldade de enxergar em ambientes claros).

Alterações na percepção do movimento da cabeça e/ou do corpo: dificuldade de andar em linha reta, ao se levantar da cama, da cadeira; podem sentir sintomas de labirintites ao dirigir o carro, ao olhar para os lados ou para cima ou se agachar para pegar alguma coisa, no chão. Em alguns casos, eles têm a impressão, que estão pisando em falso ou sentem problemas de instabilidade do corpo, ao ficar parado.

Também, nos portadores de sintomas de labirintite, podem ocorrer enjoos (podendo levar a vômito), zumbidos no ouvido, problemas de ouvido tampado ou sensações de desmaio. Nos casos em que os sintomas de labirintites aparecem, sem que o paciente esteja se movimentando, é chamado de vertigem.

Além dos sintomas de labirintite (como tontura, tonteira, vertigem ou zumbido no ouvido); esses problemas, podem ocasionar diversos outros sintomas, como dores de cabeça ou sensação de peso na cabeça, dores na nuca, nos olhos, pescoço, ombro, braços, peito, sensação de aperto ou que alguma coisa está enroscada, na garganta, entre diversos outros tipos de sintomas.

Obs: Um paciente pode apresentar um só sintoma ou vários outros sintomas, associados.

Às vezes, os pacientes com sintomas de tontura ou vertigem (chamadas de labirintites), sofrem durante meses e até anos, levado-os ao consumo de muitos remédios (com seus efeitos colaterais) e por vários tipos de exames e tratamentos, sem resultados; sem saber que esses sintomas, podem ter como causa, problemas nos ligamentos e músculos. Sintomas de perda de equilíbrio, que aparecem ou pioram, ao se levantar da cama, andar, movimentar a cabeça, agachar, ou mesmo estando parado, sem se movimentar ou quando passam por situações de estresse.

Sintomas de tontura, tonteira, vertigem ou zumbido no ouvido (chamados de labirintite), interferem bastante, na parte emocional do paciente, podendo aumentar o seu estresse e a irritabilidade.

Tratamento:

“O tratamento das sintomatologias, com essa origem, é efetuado, sem a necessidade da utilização de medicamentos, restrições alimentares, exercícios fisioterápicos ou exames, que possam trazer algum incômodo, para o paciente”.

Obs: Segundo pesquisas recentes, o uso contínuo de certos medicamentos, para tratamento das tonturas, vertigens ou zumbidos (Labirintites), indicados para idosos acima de 64 anos, podem induzir sintomas, associados ao mal de Parkinson (falso mal de Parkinson). Esse problema pode ocorrer, com medicamentos do tipo flunarizina e cinarizina. Quais são os nomes comerciais, da cinarizina e da flunarizina? Cinarizina: Cinageron, Antigeron, Stugeron, Coldrin, Cronogeron, Exit, Vessel, Sureptil e Verzum. Flunarizina: Flunarin, Fluvert, Vertizine D, Sibelium, Flumax e Vertix. Essas drogas, são potenciais bloqueadoras de dopamina, uma das principais causas do Parkinson.

ENXAQUECA,DOR DE CABEÇA, CEFALÉIA

O QUE É ENXAQUECA (DOR DE CABEÇA)

Enxaqueca é a síndrome periódica, constituída por dor de cabeça, geralmente sentida apenas de um lado, acompanhada ou não de náusea e vômito.

A enxaqueca, dor de cabeça, pode ou não ser acompanhada por aura (pontos brilhantes), que é um sintoma da enxaqueca, dor de cabeça, ficando em média 20 minutos.

Os pacientes acometidos por enxaqueca, dor de cabeça, que apresentam aura são a minoria, no máximo 15%.

A crise de enxaqueca, dor de cabeça, tem tempo variável. Em algumas pessoas a crise de enxaqueca dura 3 horas em outras alguns dias. A dor de cabeça pode ser muito forte, chegando a impossibilitar o paciente de ter suas atividades rotineiras, obrigando-o a ficar isolado em local silencioso e com pouca luminosidade.

Vários pacientes relatam que antes da crise de enxaqueca, dor de cabeça, sentem alteração no seu estado emocional, sentido depressão ou ansiedade, outros pacientes relatam vontade de comer doces em período anterior a crise de enxaqueca.

Cada enxaqueca tem a sua característica, mas a dor de cabeça intensa é a principal característica da enxaqueca.
CAUSAS (ETIOLOGIA) DA ENXAQUECA (DOR DE CABEÇA)

Não existe um consenso global quanto a causa exata da enxaqueca, dor de cabeça.

Sabe-se que a enxaqueca, dor de cabeça, ocorre devido disfunção, episódica, na liberação de substancias químicas inibitórias da sensação de dor, como a beta-endorfina e a serotonina. Estas substâncias inibitórias existem para que não sintamos dores desnecessárias, como por exemplo o roçar da roupa no nosso corpo.

No indivíduo com enxaqueca, há uma diminuição destas substâncias, então sentirá dor de cabeça intensa, mesmo com as funções normais (fisiológicas) do seu organismo. Por exemplo: a pulsação normal e natural nas artérias da cabeça, que é transmitida pelos nervos trigêmeos e occipitais para regiões cerebrais, será reconhecida como dor, durante as crises de enxaqueca e dor de cabeça, devido não ter ocorrido a devida inibição dessa sensação pelas substâncias inibitórias.

Porém o motivo exato destas alterações bioquímicas, causando a crise de enxaqueca, dor de cabeça, ainda não foi totalmente definido pela ciência.

ENXAQUECA, DOR DE CABEÇA E COLUNA

A porção superior da nossa coluna é muito delicada, tanto do ponto de vista da quantidade de nervos que se irradiam como de vasos que alimentam o cérebro (o sangue é o transporte do alimento).

Observe nas figuras ao lado, como os espaços entre vértebras são diminutos. A quantidade de nervos e vasos presentes nesta região é enorme. Qualquer alteração, compressão ou irritação em raizes nervosas, mesmo que de pequeno porte, acabam causando dor, que tanto pode ser apenas na região cervical (nuca) como ser dor de cabeça: cefaléia ou enxaqueca.

Mesmo uma leve espondilolistese (escorregamento latero-lateral) de alguma vértebra cervical pode resultar em dor de cabeça (cefaléia) ou enxaqueca, por muitos anos. Enquanto esta alteração vertebral não for corrigida, o paciente continua com as crises de enxaqueca ou dor de cabeça (cefaléia).

Qualquer anomalia ou desalinhamento que venha a comprimir algum nervo, ou mesmo obstruir, mesmo ligeiramente, a passagem do sangue nesta região delicada (cervical), pode acarretar em dor de cabeça (cefaléia) ou enxaqueca.

O Dr. Maitland (Vertebral Manipulation – Geoffrey Douglas Maitland) já realizava tratamento do que ele chamava “dor que simula enxaqueca” na década de 1960 com total sucesso. Antes dele, no final dos anos 1880, o Dr. Daniel David Palmer fundava a Quiropraxia, usando no tratamento de inúmeros distúrbios que, na época, nem se imaginava ter sua origem na coluna.

Leia mais sobre compravação científica no tratamento da enxaqueca ou cefaléia (dor de cabeça)


O FLUXO SANGUINEO ENCEFÁLICO E ENXAQUECA, DOR DE CABEÇA - HEMODINÂMICA ENCEFÁLICA

O fluxo sangüíneo cerebral permanece relativamente constante em todas as atividades da vida diária e no sono. Ele é determinado pela pressão de perfusão cerebral, que é a diferença entre a pressão arterial sistêmica e pressão venosa do seio sagital superior.

ENXAQUECA, DOR DE CABEÇA DEVIDO A RELAÇÃO SEXUAL

É a enxaqueca, dor de cabeça, presente após (ou durante) o coito (relação sexual), poderá afetar as mulheres, porém é mais comum em homens.

Este tipo de enxaqueca, dor de cabeça, ocorre devido a alterações hemodinâmicas (circulação do sangue) que acompanham as manobras de Valsalva que ocorrem nas relações sexuais e, principalmente, no orgasmo.

Manobra de Valsalva, geralmente, ocorre em exercícios isométricos com a glote fechada (não deixando o pulmão expelir o ar), acarretando aumento da pressão intra abdominal devido a contração do músculo diafragma e dos músculos abdominais. Isto resulta em diminuição do retorno do sangue venoso que volta para o coração (devido a contração do m. diafrágma). Além disso, aumentará a pressão suboccipital do seio cavernoso. Podendo afetar a circulação posterior para o cérebro.

SÍNDROMES CRANIOCERVICAL E ENXAQUECA (DOR DE CABEÇA)

A Síndrome Cervical escrita por Ruth Jackson foi publicado em 1956 descrevendo vários sintomas associados com as lesões ou malformações congênitas craniocervical afetando o cérebro e, desta forma, causando cefaléias (dores de cabeça ou enxaqueca), afetando negativamente a hemodinâmica cerebral em duas formas:

1) Por congestão no plexo venoso vertebral, causando redução na pressão de perfusão cerebral;

2) Pela congestão venosa e hipertensão arterial no seio cavernoso suboccipital, causando compressão das artérias vertebrais e diminuindo assim o posterior suprimento sanguíneo para o cérebro. Em muitos casos, a causa da isquemia da medula espinhal é desconhecida, embora estudos recentes sugerem que alguma dificuldade na drenagem venosa pode resultar em isquemia da medula espinhal. Apesar desta circulação ter sistema redundante (a natureza nos forneceu este sistema de segurança), o sistema de drenagem venosa da medula espinhal, é um sistema suscetível a ligeira compressão, e até mesmo uma ligeira elevação da pressão.

Além disso, foi demonstrado que curvatura anormal da coluna pode causar estenose funcional, e aumentar a pressão no plexo venoso vertegral, desta forma, levando a enxaqueca ou dor de cabeça (cefaléia).

A Síndrome Craniocervical, portanto, pode desempenhar um papel significativo na enxaqueca, dores de cabeça (cefaléia), assim como muitas outras doenças degenerativas do cérebro.
BIBLIOGRAFIA SOBRE ENXAQUECA ORIGINÁRIO NA COLUNA E CIRCULAÇÃO:

1) Arnautovic KI, Al-Mefty O, Pait TG, Krisht AF, Husain MM. The suboccipital cavernous sinus. Neurosurgical Focus1996 Dec. 1-17.
2) Bickerstaff ER: The basilar artery and migraine-epilepsy syndrome. Proc R Soc Med 55:167-69, 1962.
3) Caplan LR: Migraine and vertebrobasilar ischemia. Neurology 41:55-61,1991b
4) Zwetsloot CP Caekebeke JF, Jansen JC. Blood flow velocities in the vertebrobasilar system during migraine attacks-a transcranial Doppler study. Cephalgia 1992 Feb:12(1):29-32.
ALIMENTOS E ENXAQUECA (DOR DE CABEÇA)

De acordo com artigo da revista neurologia ( Barcelona),de maio 1996. Autores: R Leira; Rodriguez R.

"Alguns alimentos em nossa dieta podem desencadear ataques de enxaqueca, dor de cabeça em pessoas sensíveis, através de uma reação alérgica.
Substâncias presentes nos alimentos podem ser a causa de alterações no tônus vascular e trazer enxaqueca. Entre essas substâncias estão a tiramina, fenilalanina, aditivos alimentares (nitrato de sódio, glutamato monossódico, aspartame), queijo, frutas cítricas, banana, carne seca, produtos lácteos, cereais, feijão, cachorro quente, pizza, chá, cafeína, chocolate, vinho tinto, cerveja, uísque, destilados em alambiques de cobre. Outro motivo para a enxaqueca é a hipoglicemia."

Concordo caro leitor, que a lista de alimentos que possam desencadear enxaqueca, dor de cabeça é muito grande. Na minha opinião é mais prático tratar o indivíduo com predisposição à enxaqueca, dor de cabeça do que privá-lo de quase todos alimentos.

O tratamento da enxaqueca, dor de cabeça (cefaléia) executado neste consultório visa adaptar o corpo do paciente às inúmeras variáveis que a vida nos envolve, inclusive alimentação.
AVALIAÇÃO DA ENXAQUECA (DOR DE CABEÇA)

Para sabermos a causa da enxaqueca, dor de cabeça se faz necessário:

- avaliação minuciosa da coluna vertebral para detectar se a enxaqueca ou dor de cabeça (cefaléia) é originada em causa mecânica (enxaqueca de etiologia nas estruturas vertebrais) ou idiopática (que seria as disfunções bioquímicas).

- observação de membros e articulações do corpo. Como exemplo posso citar que algumas vezes é detectada diferença de comprimento das pernas, causando curvaturas patológicas na coluna, levando à alterações cervicais, que resultam em enxaqueca ou dor de cabeça (cefaléia).

Nesta avaliação inicial da enxaqueca será informado ao paciente qual dos dois tratamentos naturais necessita.
TRATAMENTOS DA ENXAQUECA E DOR DE CABEÇA (CEFALÉIA)

Dependendo da causa da enxaqueca, dor de cabeça, conforme parágrafo acima, será utilizado tratamento específico:

1)Para enxaqueca, dor de cabeça com causa na COLUNA ou HEMODINÂMICA:

A causa deste tipo de enxaqueca / dor de cabeça (cefaléia) é solucionada através de técnicas específicas de manobras na coluna como um todo. Nesta clínica usamos a junção das principais técnicas de ajustes vertebrais, que são : Quiropraxia + Osteopatia + RPG somadas à Acupuntura.

A soma destas técnicas consegue tirar a causa, tendo como resultado a cura da enxaqueca, dor de cabeça. Muitos pacientes, quando recebem esta explicação sobre enxaqueca, ficam perplexos, acham impossível uma alteração estrutural mínima na sua cervical, causar sua enxaqueca ou dor de cabeça (cefaléia). Somente após algumas sessões, sentindo os resultados iniciais, conseguem acreditar. O tratamento da enxaqueca ou da dor de cabeça (cefaléia) pode demorar vários meses para terminar, porém já após algumas semanas o paciente nota diminuição progressiva das dores de cabeça da cefaléia ou de todos sintomas da enxaqueca.

2) Para enxaqueca, dor de cabeça de causa bioquímica e alimentar (como citado acima é de causa idiopática):

Como a causa desta enxaqueca não é estrutural, seu tratamento consiste em sessões de Acupuntura específica para enxaqueca / dor de cabeça (cefaléia) e que pode ser com ou sem agulhas, o paciente escolhe este detalhe. A Acupuntura tem a função de fazer equilíbrio energético (a eletricidade do nosso corpo). Esta eletricidade é que controla todas as funções bioquímicas do nosso organismo. Como citado acima, a enxaqueca, dor de cabeça tem desequilíbrio bioquímico. A partir do momento que o organismo volta ao seu equilíbrio elétrico (que comanda a parte bioquímica) a enxaqueca deixa de existir.

Já conheci muitos pacientes que vieram me procurar desiludidos com a acupuntura, pois tentaram tratar a enxaqueca apenas com acupuntura em determinadas clínicas, porém sem resultados. TODOS estes pacientes tinham alterações na sua coluna, mesmo que mínimas.

A acupuntura é maravilhosa, porém quando a enxaqueca ou dor de cabeça (cefaléia) tem causa estrutural, apenas acupuntura não adianta, precisa a soma dos dois tratamentos, como citado no item 1 acima. Quando a enxaqueca for de origem bioquímica (alimentar) a acupuntura sistêmica oferece resultados incrivelmente maravilhosos.

Ao invés do paciente deixar de ingerir os alimentos causadores de enxaqueca, dor de cabeça, simplesmente fazemos o corpo do paciente não reagir negativamente à ingestão destes alimentos.

O corpo da pessoa deve estar apto a se alimentar normalmente, da mesma forma que muitas outras pessoas se alimentam, o paciente que sofria de enxaqueca passa também a poder comer o que preferir, sem se preocupar com a dor de cabeça.

Nosso corpo não funciona apenas com o fator químico-biológico, mas também com eletricidade. Esta energia eletrônica controla todas as outras funções e a Acupuntura controlando a energia, consegue comandar as funções do organismo.

Pela ótica da medicina tradicional Ocidental, explica-se que os estímulos da acupuntura na enxaqueca ou dor de cabeça (cefaléia) resultam na produção de:

- substâncias que agem sobre neurotransmissores e neuromediadores, restabelecendo o bom funcionamento das funções que estavam alteradas,

- corticóides naturais (fabricados pela supra renal do próprio paciente) com grande ação anti-inflamatória,

- analgésicos internos (os efeitos da Acupuntura são iguais aos da serotonina, neuromediador produzido em nosso cérebro).
DICAS SOBRE ENXAQUECA E DOR DE CABEÇA (CEFALÉIA)

A intenção destas dicas sobre enxaqueca tem a única intenção de ajudar a evitar situações que venha a desencadear a enxaqueca ou dor de cabeça (cefaléia). De forma alguma visa substituir o tratamento médico adequado.

1) A pimenta vermelha (Capsicum annum) para enxaqueca (dor de cabeça):

É um eficaz redutor da dor da enxaqueca, contém capsaicina, um composto que se crê bloqueador da transmissão de dor no nervo. De acordo com um estudo publicado em 1992 a revista,Cephalalgia, a dor e gravidade das cefaléias (dores de cabeça) ou enxaquecas foram reduzidas de forma significativa nos pacientes que receberam tratamentos tópicos de capsaicina por sete dias. Comprar ou fazer um bálsamo contendo Capsicum annum e massagear a região dolorida durante um ataque de enxaqueca. Sempre lembrando de consultar um médico qualificado se quiser experimentar este procedimento anti enxaqueca em casa, pois os efeitos secundários podem incluir queima na área de aplicação.

2) Hortelã (Mentha piperita) na enxaqueca (dor de cabeça):

Menta pode ser usada tanto interna como externamente para ajudar na diminuição da crise de enxaqueca. Contém mentol, que é um redutor da dor, e também reduz a náusea. De acordo com um estudo publicado em 1994 na revista Cephalalgia, Uma combinação de óleo essencial de hortelã-pimenta e etanol ou mesmo azeite extra virgem, reduz significativamente a sensibilidade às enxaquecas e dores de cabeça (cefaléias) em pacientes que aplicaram a solução tópica na testa. O ideal é executar este procedimento ao primeiro sinal de uma crise de enxaqueca, mas pode ser utilizado em qualquer momento do ataque. Outra forma de utilizar a hortelã-pimenta para enxaqueca é consumir chá de hortelã. Não é recomendado utilizar qualquer procedimento na crise de enxaqueca , dor de cabeça sem supervisão médica.

3) Gengibre (Zingiber officinale) para enxaqueca (dor de cabeça):

Uso comum no alívio de dor e náuseas, principalmente da enxaqueca e dor de cabeça (cefaléia). Embora haja pouca investigação científica sobre gengibre como um remédio natural para enxaquecas, foram realizados estudos de laboratório sobre a sua capacidade para reduzir a dor, e como um anti-inflamatório. Um estudo publicado em 2005 Journal of Medicinal Food afirma que um extrato feito a partir de raiz de gengibre é muito útil como anti-inflamatório. Também é conhecida por ajudar no alivio da crise de enxaqueca ou dor de cabeça (cefaléia). Recomenda-se comer uma colher de chá de raiz de Gengibre por dia, nos alimentos. Lembrando que em crises de enxaqueca deve-se procurar ajuda do seu médico.

COMPROVAÇÕES CIENTÍFICAS NOS TRATAMENTOS DA ENXAQUECA E DA DOR DE CABEÇA (CEFALÉIA):
QUIROPRAXIA E OSTEOPATIA NA ENXAQUECA E DOR DE CABEÇA (CEFALÉIA)

Alguns estudos, mostram resultados nos tratamentos com Quiropraxia. Um estudo da Northwestern College of Chiropractic, em Bloomington, Minnesota, comparou o tratamento com Quiropraxia com o uso de amitriptilina, um antidepressivo comumente usados para tratar enxaquecas. O estudo constatou que a Quiropraxia foi tão bem sucedida como a droga, porém sem os efeitos colaterais da mesma.
ESTATÍSTICA DE TRATAMENTO DE DORES DE CABEÇA (CEFALÉIA) E ENXAQUECA USANDO ACUPUNTURA

Em 123 casos de dor de cabeça severa observados, 105 obtiveram total recuperação ou efeito marcante, 11 obtiveram uma melhora e apenas 7 não conseguiram resultados significantes. Então o grau de efetividade foi de 94,3% (fonte:liaoning journal of traditional chinese medicine,11 1983). Existem vários outros estudos científicos comprovando a efetividade do tratamento com acupuntura nas dores de cabeça.

Hipertensão Arterial

A Hipertensão Arterial, mais conhecida como “Pressão Alta”, pode ser encarada como uma doença ou como um fator de risco para o desenvolvimento de doenças do coração, pois, na grande maioria das vezes, não provoca sintomas ou os sintomas são gerais (podem ocorrer em qualquer doença), como dores de cabeça, tonturas, mal estar...

É muito importante entender que quem sofre de hipertensão arterial terá que fazer seu controle por toda a vida, visto que, na grande maioria das pessoas (95%), não se consegue descobrir sua causa.

De todos esses casos, felizmente, a grande maioria (90%) apresentará hipertensão leve, ou seja, fácil de controlar e tratar.
Diagnóstico da Hipertensão Arterial

O diagnóstico da hipertensão arterial é estabelecido pelo encontro de níveis tensionais acima dos limites superiores da normalidade (140/90 mmHg) quando a pressão arterial é determinada através de metodologia adequada e em condições apropriadas.

Os valores dos percentis 90 e 95 da pressão arterial para cada faixa etária são normalizados para o percentil da estatura da criança e adolescente.

Quando for medir sua pressão, esteja certo de:

Não estar com a bexiga cheia;

Não ter praticado exercícios físicos;

Não ter ingerido bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou ter fumado até 30 minutos antes da medida;

Ter descansado por 5 a 10 minutos, sentado em ambiente calmo e com temperatura agradável;

Relaxar bem o braço;

Não falar durante o procedimento

Toda pessoa que controla sua pressão arterial deve faze-lo ao menos mensalmente e, de 6 em 6 meses, consultar-se com seu médico para checar a medicação.



Exame Físico:

No exame físico, devem constar:

A medida do Índice de Massa Corporal (IMC = peso/[altura]²), pois o sobrepeso e a obesidade podem ser causas secundárias de hipertensão arterial;

A medida da pressão arterial duas ou mais vezes. Em maiores de 65 anos deve ser medida sentado e em pé;

O exame de fundo de olho. O encontro de lesões oculares requer maiores cuidados no tratamento;

Procura de sopros carotídeos (ausculta do pescoço) e de sopros abdominais e inguinais;

Ausculta cardíaca;

Exame neurológico sumário.

Prolapso da Válvula Mitral: Causas, Sintomas e Recomendações

"Embora uma parte estimada de 5 a 10% da população mundial seja portadora da alteração no coração chamada de prolapso da válvula mitral, um número reduzido de portadores enfrenta problemas. Conheça o que é, como acontece e recomendações sobre o assunto".

Prolapso da Válvula Mitral ou Síndrome de Barlow é a alteração mais freqüente que acontece com o coração e estima-se que ela afete de 5 a 10% da população mundial, segundo informação do cardiologista José Ângelo Bezerra da Silva. A palavra prolapso significa um deslizamento ou deslocamento de parte de um corpo em relação à sua posição usual.

No caso da válvula mitral normal há dois finos folhetos localizados entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo. Estes folhetos estão ligados à parede interna do ventrículo esquerdo por uma série de feixes chamados de cordoalhas. Quando o ventrículo se contrai, os folhetos da válvula mitral se ajustam perfeitamente, prevenindo o refluxo de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo. É em relação a esta linha que se dá a ocorrência de prolapso mitral, sempre que os folhetos da válvula funcionam acima dela pelo seu lado atrial, pois o movimento normal de fechamento dos folhetos ocorre abaixo deste limite, pelo seu lado ventricular. Ou seja, os folhetos ou os músculos papilares e suas cordoalhas são demasiadamente longos, ocorrendo também um aumento do anel valvular.

Causas do prolapso da válvula mitral

O prolapso da válvula mitral – PVM - tem, na maioria das pessoas, causa desconhecida; mas em outros parece ser geneticamente determinada por uma alteração do tecido conjuntivo. Uma redução na produção do colágeno tipo III é outro fator identificado; pois através da microscopia eletrônica tem sido demonstrada fragmentação das fibras colágenos. O PVM pode estar associado a deformidades esqueléticas (tórax e coluna vertebral) e já foi descrita a acentuação do arco palatino neste tipo de pacientes; bem como pode ocorrer como seqüela de febre reumática.

Os membros da família afetados freqüentemente são altos, magros, com grandes dedos e coluna reta. São freqüentemente acometidas mulheres entre vinte e quarenta anos, mas também os homens apresentam PVM.

Sintomas mais comuns do PVM

Muitos pacientes são totalmente assintomáticos do prolapso da válvula mitral enquanto outros podem apresentar inúmeros sintomas. As queixas mais comuns são as palpitações e a síncope (devidas a distúrbios do ritmo cardíaco), dor de cabeça (cefaléia), dor torácica, falta de ar e fadiga, sendo esta última a mais comum. Os portadores de PVM podem concomitantemente apresentar disfunção do sistema nervoso autônomo e o quadro pode se associar ao Transtorno do Pânico, à Ansiedade e à Depressão. A dor torácica é diferente da apresentada em outra doença coronariana, pois raramente ocorre durante ou após o exercício e não responde ao uso de nitratos.

Diagnóstico

O exame do paciente realiza-se através da ausculta cardíaca, um som estalado (click) logo após o início da contração ventricular. Segundo o artigo publicado pelo Dr. Jorge W. Magalhães de Souza, que possui uma Clínica Médica no Rio de Janeiro, este fenômeno é explicado pela pressão exercida sobre os folhetos anormais da válvula durante a sístole (contração do ventrículo). Se houver regurgitação mitral associada (refluxo de sangue para o átrio esquerdo pelo fechamento inadequado da válvula) um sopro pode ser auscultado logo após o click. A pressão arterial não é alterada habitualmente pelo PVM.

O ecocardiograma bidimensional com Doppler é o exame complementar mais útil no diagnóstico do PVM. Ele pode medir a severidade do prolapso e o grau de regurgitação mitral. Além disso, poderá detectar áreas de infecção na válvula, espessamento anormal e avaliar a função sisto-diastólica dos ventrículos (funcionamento do coração como bomba impulsionadora de sangue). A infecção valvular é chamada de endocardite e é uma séria complicação do PVM.

Outro teste que pode ser usado é o estudo dos batimentos cardíacos durante o exercício físico crescente. Ele é eficaz na detecção das anormalidades acima descritas, assim como na isquemia miocárdica, outra doença coronariana. Auxilia também a decidirmos que níveis de exercício são seguros para o paciente.

Aproximadamente 18% dos pacientes com prolapso possuem morfologicamente válvula mitral com redundância tecidual dos folhetos e espessamento dos mesmos, correspondendo ao aspecto anátomo-patológico de degeneração mixomatosa. Nesses pacientes com problema, o aparelho mitral (valvas e cordoalhas) é acometido pela degeneração mixomatosa, na qual a estrutura protéica do colágeno, o tecido que constitui as valvas leva ao espessamento, alargamento e redundância dos folhetos e cordoalhas. Portanto, no momento em que o ventrículo se contrai, os folhetos redundantes projetam-se (prolapsam) para o átrio esquerdo, chegando às vezes a permitir a regurgitação do sangue para dentro do átrio esquerdo.

Sabidamente este sub-grupo de pacientes, que são referidos como portadores de prolapso mitral clássico, estão em maior risco de desenvolver complicações, como endocardite infecciosa e regurgitação mitral severa; porém apresentam-se com o mesmo risco para fenômenos embólicos como os pacientes com prolapso sem degeneração mixomatosa.

Tratamento da PVM

Para o cardiologista José Ângelo Bezerra da Silva "em muitos casos os sintomas são poucos ou inexistentes, não exigem tratamento e não há também restrições à atividade física". No entanto, a hospitalização pode ser necessária para o diagnóstico e tratamento dos sintomas mais evidentes e fortes. A presença de regurgitação mitral (RM) pode levar a hipertrofia ou dilatação do coração (o músculo cardíaco necessita desenvolver maior força contrátil com a piora progressiva da RM, já que parte do sangue reflui para o átrio esquerdo) e a ritmos anormais. Como conseqüência, os pacientes portadores de PVM com RM devem ser avaliados semestralmente ou anualmente.

Como a infecção da válvula ou endocardite é cerca de 3 a 8 vezes mais freqüente nos portadores de PVM com RM do que na população em geral, podendo tornar-se uma séria complicação, e por este motivo deve ser feita profilaxia com antibióticos, sempre orientada pelo médico. Entre eles, inclui-se o tratamento odontológico rotineiro como limpeza dos dentes, as pequenas cirurgias e os procedimentos que podem traumatizar tecidos do corpo como exames de colonoscopia, ginecológicos e urológicos. Os antibióticos mais utilizados na profilaxia são a amoxicilina e eritromicina por via oral, bem como a ampicilina, a gentamicina por via parenteral.

O reparo cirúrgico da válvula ou sua troca melhoram os sintomas. A cirurgia pode ser necessária quando há disfunção ventricular, sintomas fortes ou se as condições do paciente evoluem para deterioração. No tratamento de pacientes com insuficiência mitral (IMi) grave continua sendo importante a escolha do momento mais adequado para a intervenção operatória. Isto é particularmente verdade em pacientes com IMi grave não isquêmica, condição que hoje nos EUA deve-se mais freqüentemente ao prolapso da válvula mitral, quase sempre acompanhado de "desabamento" dos folhetos da valva mitral.

Recomendações

Varia na dependência das condições concomitantes ao prolapso da válvula mitral. Possui curso geralmente benigno e sem sintomas. Quando sintomático é controlado pelo uso de medicamentos e, nos casos mais graves, por cirurgia valvular; cada vez mais precoce hoje em dia, é indicada evitando-se assim as complicações. Os pacientes identificados como portadores de PVM devem ser monitorados regularmente por um médico.

Síndrome do pânico

Sintomas da Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico:

Os sintomas físicos mais comuns são taquicardia, sudorese, sensação de falta de ar (não se preocupe porque ninguém jamais morreu sufocado por causa de Pânico), tremor, fraqueza nas pernas, ondas de frio ou de calor, tontura, sensação de que o ambiente está estranho, que a pessoa "não está lá" (isso se chama desrealização e não tem nada a ver com loucura, não se preocupe), de que vai desmaiar, de que vai ter um infarto, de uma pressão na cabeça, de que vai "ficar louco", de que vai engasgar com alimentos, assim como crises noturnas de acordar sobressaltado com o coração disparando e com sudorese intensa.

Alguns pacientes referem diarréias intensas em determinadas situações. Outros tem todos os sintomas de uma Labirintite. Outros passam a ter pensamentos que não saem da cabeça de que poderiam ter doenças graves mesmo que todos os exames sejam normais, ou de que poderiam fazer mal a si mesmo ou a outras pessoas.

Podem ocorrer pensamentos que a pessoa sabe que não fazem sentido, mas não consegue tirar da cabeça, por exemplo se atirar de uma janela, machucar alguém ou ela mesma com uma faca. Tecnicamente falando, pensamentos obsessivos, fazem do quadro clínico e desaparecem com o tratamento do pânico.

Um medo muito comum é o de "voltar a sentir medo". Muitas vezes o simples pensamento de entrar num avião ou passar ao lado de um abismo já desencadeiam a crise. Algumas pessoas vão a um cinema, teatro ou restaurante e procuram sentar-se perto da saída, outras não trancam a porta quando vão ao banheiro, sempre para sair facilmente caso venham a passar mal.

É comum a pessoa ter passado por cardiologistas, clínicos, hospitais, laboratórios, etc., com todos os exames normais, a não ser, com certa freqüência, um Prolapso de Válvula Mitral, que os cardiologistas não consideram patológico.

Muitas vezes as primeiras crises aparecem subitamente em situações normais e habituais.

É claro que a maioria das pessoas não tem todos os sintomas acima.

Uma forma mais específica da Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico se chama Fobia Social e se caracteriza por crises de ansiedade em situações como por exemplo reuniões, apresentações, discussões com superiores, assinar algum documento, cheques ou mesmo levantar uma xícara de café em público.

Algumas vezes os sintomas aparecem após uma experiência traumática na qual a pessoa se sentiu indefesa ou humilhada ou sem possibilidade de reação, por exemplo assalto, seqüestro, acidentes. Essa forma mais específica de distúrbio de ansiedade se chama Distúrbio de Stress Pós Traumático.

2) Desenvolvimento de fobias:

Após ter tido muitas crises, a pessoa pode não sentir mais os sintomas físicos mas continua com medos que ela mesmo percebe que não são lógicos, como por exemplo de dirigir (principalmente em congestionamentos, túneis ou estradas), de pegar ônibus, metrô, avião, de participar de reuniões, de viajar, de ficar sozinha ou de sair sozinha de casa, ou de escuridão, de ficar em lugares com muita gente como Shopping, cinema, restaurantes, filas, elevadores, ou então de lugares muito abertos e vazios. Às vezes aparece até mesmo medo de dormir, quando a pessoa teve crises noturnas, ou de se alimentar, quando teve sensações de engasgar.

3) Causas:

  • Psicológicas (são as mais comuns): reação a um Stress ou a uma situação difícil cuja solução é igualmente difícil. Essa situação difícil pode ser profissional, afetiva, financeira, de saúde, etc.
  • Físicas: alterações no organismo provocadas, por medicamentos, doenças físicas, por abuso de álcool em drogas.
  • Genética familiar de Pânico, Depressão, DOC, TAG, PTSD, DDA, etc. Atenção: predisposição genética não quer dizer hereditariedade. Ou seja, Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico não passa de pai para filho, não se preocupe.

O mais comum é uma combinação de várias causas.

Sofrer de Pânico não tem nada a ver com personalidade forte ou fraca, com a pessoa ser ou não corajosa.

4) O tratamento da Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico envolve:

  • Acabar com os sintomas físicos, que costumam passar rapidamente com medicamentos.
  • Tratar a Ansiedade Antecipatória, as Fobiase o comportamento de evitação. Nesta fase o tratamento mais eficaz é a combinação de medicação com Psicoterapia, principalmente a Cognitivo Comportamental.

5) Para a família:

  • Geralmente a família sofre porque não consegue ajudar e sobrecarrega o paciente porque vê a pessoa passar por cardiologistas, clínicos, neurologistas, gastroenterologistas, otorrinolaringologistas, etc., fazer exames, tomar calmantes, estimulantes e vitaminas sem melhora. Então começa a dizer que é fita, "frescura", falta de força de vontade, de coragem, e começa a dar palpites para você "se ajudar" "se animar" "reagir" e etc., como se você não soubesse de tudo isso.

6) Observações

  • Existem alguns casos em que o primeiro remédio não produz resultado. Isso não quer dizer caso grave e nem incurável. Na maioria das vezes basta trocar a medicação.
  • Mesmo que você já esteja se sentindo bem, não interrompa a medicação. Interromper a medicação antes da hora significa quase sempre uma recaída.
  • A Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico é benigna e curável, quase todos os sintomas desaparecem nas primeira horas de tratamento, porem ela é muito "teimosa" e o tratamento de manutenção é longo. Evidentemente que sem sintomas, mas com a manutenção da medicação.
  • A Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico pode reaparecer sim, mesmo que os problemas tenham acabado.
  • Durante o Transtorno do Pânico ou Síndrome do Pânico a pessoa pode passar por fases de depressão. Isso não quer dizer que você sofra de duas doenças.
  • Algumas pessoas com Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico tem receio de fazer ginástica. Pelo contrário, um bom condicionamento físico é sempre importante, ainda mais para quem está sujeito a ter crises de taquicardia. Além disso, ginástica libera Endorfinas, que são nossos Antidepressivos naturais e aumentam nosso bem estar.
  • Yoga, meditação, massagem de relaxamento: sempre ajudam e muito, principalmente as duas primeiras.
  • Diminuir álcool e cafeína (café, chá preto, chá mate, refrigerantes) sempre ajuda.